Voto Nulo

Domingo fue el primer turno de las elecciones municipales en Brasil. Encargarle mis «destinos» a ningún mandatario es tarea fácil. Ni de izquierdas ni de derechas.

El viento – y cierto estado financiero, dicha Máquina- se lleva mis días a mejor lugar.

E o Fidel Castro? – me preguntaron mis coterráneos brasileros.

Fidel, e seu “toca Raúl”, nasceram numa família sem problemas. Quer dizer, o problema era administrar as fazendas, os animais, as terras que possuiam. Depois tiveram o problema de ver o seus filhos lutarem contra a própria ideologia para a qual deviam estar servindo. Isso deixou a familia muito puta, aos fazendeiros todos. Fidel, meio charme meio desafiador, subiu ribanceira arriba e conta a História, declarou a guerra com media dúzia de fuzis. Até hoje, muita gente no mundo, e muita gente aqui no Brasil defende a morrer aquela ideologia que ainda que de sucesso nas suas pretensões igualitárias de dividir o mundo, deixou muito, mais muito que desejar.

Pergunte isso a um cubano? Mas pergunte sem a única intenção de entender, para se compreender o que ele vai responder, daí você vai ter que viajar lá. E  ver. Sentir. Viver.

En São Paulo el futuro promete pocas migajas. La legión política solamente intentará arreglar el caos del tránsito, cosa que es imposible. Habrá algún que otro hospital mal funcionando. Regalías a las constructoras, concesiones a los policías, un aumento de salario aquí y otras mil promesas incumplidas. Habrá que trabajar para sustentar la legión pública de servidores, legisladores, vereadores, mujeres e hijos de los administradores.

Todo eso y sin protestar ni un poco. Ni aquí ni en la tierra de los Karamazov cualquier manifestación popular que demuestre descontento va a encontrar brazos abiertos del lado del poder.

Vivimos en uma dictadura … vivemos na mesma ditadura.

Em Cuba, cresceu-se ao ponto que o Fidel e o “toca Raúl” se fizeram administrar as fazendas, um povo inteiro, uma ilha à deriva. Depois da guerra contra uma sanguinolenta Ditadura Militar que levou ao país a ser um dos mais ricos de América e dos mais pobres do mundo -(qualquer semelhança com o Brasil e só ver o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos porque Cuba, sei lá como, ainda bate com folga aos verdeamarelinhos) – entramos para a história como o povo que se revelou contra os Estados Unidos, construindo uma Revolução Comunista no backyard dos gringos do norte.

E teve churrasco com carne enlatada soviética, ervilhas polonesas cultivadas por camponeses albaneses, cervejas do leste alemão geladas no Báltico, carvão búlgaro na brasa, perdizes das estepes checas, loiras servias,  morenas eslovacas, crianças chinesas, lágrimas cubanas.

La Habana não acredita em lágrimas.

São Paulo no cree en nadie.

El resultado del primer turno en la Megalópolis no tuvo mayor acontecimiento: los mismos dos grandes partidos se hicieron con el segundo turno. Sin embargo nos alegramos que no ganase el representante de las Iglesia evangélica, habría la primera Inquisición moderna sudamericana.

Enquanto vivi na ilha participei de três comícios. Ba-boom…  caíram das cadeiras da ignorância setecentos amigos e inimigos. E as três vezes, votei nulo. Que conste, queridos defensores do poder do voto, lá esse ato cívico não é obrigatório, e de fato anular voto, é sim, uma escolha.

E o Chavez, será que vai ganhar? – se preocupaban con la Integración Latinoamericana? Se preocupaban con las inversiones de la Petrobras en el petróleo del Caribe? Se preocupaban con la fibra ótica que conectaba Cuba finalmente con la internet mundial? Se preocupaban con la Zona de Libre Comercio del Mariel, territorio brasileño en la islita? O era simplemente, un desvío natural psíquico de la incompetencia política de este país que todavía nos debe respeto, nos debe dinero, nos debe dignidad? O era a culpa ciudadana marcada con la sombra histórica de nunca haber forzado su propia independencia?

Porque se preocupaban con el resultado de otro país? A quienes, silenciosamente, en sus escondidas pretensiones y utópicos sueños políticos estaban apoyando?

Y no habría muchos interesados en los resultados de los comicios paulistanos. O quizá sí,  algunos tantos utópicos considerando la idea de que la democracia los representaba. O quizá sí, quien confiaba sus ahorros a la providencia pública. O quizá sí, quienes pudieron ayudar monetariamente sus partidos, y ahora podrían comer un pedacito de la torta que el pueblo paulista les regalara en este domingo de elecciones.

Chavez ganha de novo. Eu me reservo meus comentários sobre o caso, para criticar, meu povo, é necessário um visto bolivariano e no mínimo 2 anos de experiência vivencial venezuelana.

Em La Habana, o outro Seixas fez a festa e os investidores da Camargo Côrreia, Odebrecht e Petrobras parabenizaram o pessoal da esquerda nos países vizinhos. A tal de fibra ótica, aquele cabinho entre a Isla Margarita e Cuba, já em funcionamento, só serve para transmitir conteúdo politicamente correto. Blogueiros, comunidade politicamente alternativa e artistas vão ser vigiados ainda nesta semana, qualquer manifestação contra a reeleição da turma do Seu Madruga, vai terminar numa cela fervente em masmorras pseudo-comunistas.

Aquí en Sampa quien pasó para segundo turno va poder usar sus carteles nuevamente, en poco menos de un mes veremos nuevamente el circo. El resto del elenco se retiró a sus casas de campo, y por allá permanecerán por otros cuatro años, hasta el evento comenzar nuevamente. El destino está echado. Once millones de paulistas entregarán en urna sus poderes soberanos a quien supuestamente mejor los representa.

Na ilha, outros onze milhões mesmo não tendo duas escolhas, sorriem da pobreza com a fome roncando nas barrigas e, um raro orgulho e muita raiva de estar isolados de esse raro mundo capitalista e até alegres com a vitória chavista- bolivariana.   

Yo por aqui, no tendré que jugármelas en un colegio electoral. Todavía no me gané ese derecho – morro de rir – de escoger quien va a representarme en los próximos cuatro años. Sería mi cuarto voto nulo.

Por enquanto só o vento e esse grande prazer de sorrir… 

Deja un comentario